Em: 05/03/2015 às 14:52h por

A análise dos dados prévios de medição até o dia 17 de fevereiro indica que as hidrelétricas da região Sul do País apontam um aumento de produção mensal, com 10.738 MW médios entregues pelas usinas que não estão enquadradas em regime de cotas – uma elevação de 30% na comparação com o mesmo mês de 2014.

As hidrelétricas cotistas da região (aquelas que tiveram a concessão renovada por meio da Lei 12.783/13) produziram 295 MW médios, com alta de 3%. O desempenho, porém, explicado pelas melhores afluências que vêm sendo registradas nessa região do País, não compensou a produção menor dos demais submercados, que registraram queda na energia hidrelétrica produzida em comparação com 2014.

Levantamento realizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) aponta que houve baixa de 69% na geração das hidrelétricas cotistas das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que pela prévia de medição, produziram 967 MW médios em fevereiro, contra 3.104 MW médios no mesmo mês do ano passado. Já as usinas não-cotistas tiveram retração menor, de 17%, com 22.763 MW médios produzidos, contra 27.338 MW médios em fevereiro/14.

No caso das não-cotistas, a entrada em operação de turbinas das usinas de Jirau e Santo Antônio (que estão localizadas em Rondônia, mas têm a geração contabilizada no submercado Sudeste/Cento-Oeste) contribuíram para minimizar esse impacto. No período, as duas hidrelétricas foram responsáveis por 11% de toda a geração hidrelétrica no submercado.

A usina hidrelétrica de Jirau registrou em fevereiro deste ano 1.499 MW médios entregues, um aumento de mais de 1.000% em relação ao mesmo período de 2014. Já a geração da hidrelétrica de Santo Antônio cresceu 346%, passando de 250 MW médios no ano passado para 1.115 MW médios em 2015. Os dois aumentos foram decorrentes da entrada em operação comercial de unidades geradoras desses empreendimentos ao longo do ano.

Com base nos dados da CCEE, a geração das usinas hidrelétricas participantes do regime de cotas apresentou maior redução percentual (-36%) do que as hidrelétricas não participantes do regime de cotas, que tiveram redução de 10%. (Ambiente Energia)