O Brasil pode aumentar a participação das Pequenas Centrais Hidrelétricas e das Centrais Geradoras Hidrelétricas na matriz energética. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa, Charles Lenzi, em apresentação no 9º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, na última terça-feira, 8 de maio, o país deve aproveitar mais o seu potencial . “Só em PCHs existem mais de 20 mil MW em projetos e estudos já desenvolvidos. Em 2020 as fontes alternativas vão representar 16% da matriz energética”, aponta.
De acordo com dados da Abragel, as 428 PCHs e as 378 CGHs contribuem com cerca de 3,5% , ou 4.122 MW para a matriz energética atual. Existem ainda 705 MW em construção e 134 empreendimentos outorgados ainda sem ter iniciado a construção.
Com baixa procura nos leilões devido a pouca competitividade perante as usinas eólicas, Lenzi conta que a Abragel está propondo à Agência Nacional de Energia Elétrica uma flexibilização nas regras para que as PCHs se tornem mais competitivas. “Estamos propondo uma mudança na regra que exige das PCHs que o projeto básico esteja aprovado pela Aneel para participar dos leilões. Sem esse projeto, elas ficam de fora das licitações”, observa.
O presidente da associação também defende certames regionais para a comercialização e aproveitamento pleno das formas de energia. “O leilão por fontes e regionalizado é a melhor solução para o uso potencial de cada fonte, respeitando as suas complementaridades e particularidades regionais”, ressalta.