Em: 03/03/2015 às 16:05h por

A diminuição das chuvas em relação aos meses do período úmido marca a falta de otimismo no primeiro dia da reunião para o Programa Mensal de Operação (PMO) referente ao mês de março, realizada na sede do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) no Rio de Janeiro.

Tudo indica, por enquanto, que é possível ocorrer apenas pancadas de chuva nas regiões do Sudeste e Centro Oeste. Porém, esses volumes esperados podem acontecer de maneira descontínua e ocorrerão de forma mal distribuída, resultado de um sistema de baixa pressão que se organiza na região, prejudicando a bacia do Tocantins.

Do ponto de vista meteorológico, o ONS afirma que janeiro foi um mês com pouca chuva devido a zona de alta pressão que ficou demarcada apenas sobre o Sudeste, como já havia acontecido no início de 2014. Sendo assim, as chuvas no conjunto das regiões ficaram próximas da média histórica, registrando a maior quantidade de água na região no mês de fevereiro, com destaque para Três Marias, na bacia do Rio Doce, no rio Paranaíba e no Alto Araguaia.

Por conta disso, a operação de Tucuruí se manterá maximizada, assim como as Usinas Hidrelétricas da região Sul. Os dados apresentados no PMO mostram também que a termelétrica de Uruguaiana tem despachado desde o último dia 13 em torno de 480 MW médios de energia no Sistema Interligado Nacional. Segundo este, o gás contratado da Argentina é suficiente para a geração de energia até abril.

Foi também pauta da PMO o incidente com o equipamento de Angra 1, relatado pelos representantes da Eletronuclear, provocando o desligamento da usina na semana passada, que deverá voltar com o funcionamento normal no próximo dia 10.

Como já se estimava nas revisões do PMO de fevereiro, o atendimento à demanda máxima foi mais tranquilo no mês de fevereiro do que o período anterior, devido às altas temperaturas e do feriado de carnaval. O operador relatou não ter registrado nenhuma dificuldade de atendimento. (Abrapch)