Em: 23/02/2015 às 15:44h por

A conta de luz vai ficar mais cara nas próximas semanas. E as indústrias, os maiores consumidores, vão sentir um forte impacto. Os custos vão aumentar em um cenário que sinaliza para uma estagnação, na melhor das hipóteses, da economia em 2015. Projeções feitas pelo Copom (Comitê de Política Monetária) sinalizam para uma alta de 37,6% até o final do ano. A Celesc sinaliza que a alta será superior aos 22,32% autorizados pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em agosto do ano passado. A definição do reajuste extraordiário deve ser tomada na próxima semana.

De acordo com a Celesc, o objetivo de rever o preço da energia elétrica, neste momento, é equilibrar as contas da empresa, já que ela está sendo pressionada pelo aumento do custo da energia de Itaipu (devido à alta do dólar), elevação dos gastos com CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) e pela energia comprada para complementar a carga necessária ao atendimento do mercado consumidor.

“A revisão extraordinária deverá abarcar todos os itens que não possuem cobertura tarifária pelas distribuidoras, gerando desembolsos extras no caixa das empresas”, informa a Celesc. As novas tarifas devem ser aplicadas a partir de 1o de março e em agosto haverá mais um reajuste para os clientes da distribuidora. A preocupação entre as empresas é grande. A competitividade vai encolher mais ainda, diz o presidente da Câmara de Energia da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina), Otmar Müller.

“A intenção é diminuir o consumo de energia sem que isso afete a produção, como o que já vem sendo feito por várias empresas, mas a hipótese de diminuir o ritmo ainda está em pauta.” Uma das estratégias adotadas pelas empresas é investir em programas de eficiência energética, como fizeram a Tupy e a Tigre, que começam a colher os primeiros resultados. Para a Weg, que fabrica motores elétricos, existe uma grande demanda em equipamentos que racionalizam o uso da energia. (Notícias do dia)