A nova revisão para baixo realizada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico em relação as perspectivas de Energia Natural Afluente para o mês de fevereiro, aumentou a estimativa do Itaú BBA de risco de racionamento, passando de 63% na semana passada para os atuais 75%. O número leva em consideração um crescimento anual de 2% da demanda de energia; uma geração térmica de 16,4 GW e um nível de reservatórios de 16% ao final de novembro, pressupondo uma ENA no período seco de 96% da MLT.
Uma demanda estável por energia poderia reduzir o risco de racionamento para 69%. Se o Ministério de Minas e Energia fizesse um corte de 10% no consumo, o risco cairia para 56%, ainda de acordo com relatório do Itaú BBA “Racionamento ou Racionalização: Quem paga a conta?”. Se forem consideradas a previsão de ENA do ONS para março e abril e nada for feito pelo governo, os reservatórios do Sudeste podem chegar em abril com um nível de 21% e até o final de novembro, cair para 2%.
O relatório coloca em questão se o governo vai realmente implementar um programa de racionamento de energia ou se tentará projetos de racionalização, visto que nos últimos dias o governo vem tentando medidas que incluem incentivos para grandes consumidores comerciais e industriais gerarem sua própria energia durante o horário de pico e aumentos de tarifa, com a elevação do valor das bandeiras tarifárias. “Embora seja questionável se um esforço de racionalização da demanda seria suficiente para reduzir o risco de racionamento futuro, isso aumenta significativamente os riscos para os geradores hidrelétricos”, aponta o relatório. (Canal Energia)
