Em: 28/01/2015 às 16:37h por

A baixa temporada de chuvas no Brasil fez com que o país tivesse que “emprestar” energia da vizinha Argentina, da qual poderia ser substituída pelo uso das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) que estão paradas na Aneel sem aprovação. Para utilizar a usina termelétrica Uruguaiana, situada em território argentino, o governo precisa ter a permissão da companhia AES Corporation, uma das maiores companhias do ramo no mundo nas áreas de geração, distribuição e comercialização de energia elétrica, para reativá-la, segundo fontes do governo brasileiro.

A ativação desta termelétrica tem sido acionada em períodos de alta temporada para que as hidrelétricas não fossem supercarregadas a ponto de esgotarem água em seus reservatórios, sendo então feito o pedido este mês para os argentinos. Neste processo, o Brasil deve importar Gás Natural Liquefeito (GNL) para a termelétrica na Argentina, para que os dutos fossem preenchidos com o gás e gerar energia.

Especulações no governo citam que “a tendência é religar a usina”, mesmo não tendo uma data prevista. A térmica possui capacidade de geração de 640 MW, mas não chegando a atingir este número, pois a disponibilidade do gás argentino varia com o procedimento que sucede no gasoduto, atingindo a marca de 240 MW em geração. Em 2009 foi desativada pois a Yacimientos Petrolíferos Fiscales, grande estatal argentina dedicada à exploração, refino e venda do petróleo, parou de fornecer o gás natural. Sendo assim, o combustível precisa passar pelo gasoduto argentino para chegar a usina, necessitando o aval da Argentina.

O que muita gente não sabia era a exportação de energia elétrica do Brasil para os ‘hermanos’, num total de 200 MW na última segunda-feira (26), noticiado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Contudo, os dados não foram especulados pelas grandes manchetes e impressas, dando a entender que o país está em taxa de risco no sistema elétrico. A energia foi exportada pela estação de conversão Garabi 2, no Rio Grande do Sul.