Em: 27/01/2015 às 16:14h por

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), com o apoio do governo estadual de Minas Gerais, irá promover uma campanha para que os habitantes locais utilizem a energia elétrica de forma correta e sem desperdícios. Mauro Borges Lemos, novo presidente da concessionária, informou que a redução de gastos desnecessários com água é uma das alternativas mais favoráveis para o não racionamento da luz este ano. Na última sexta-feira (23), o então ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior tomou posse do comando da maior empresa do setor elétrico, com a participação do governador Fernando Pimentel.

Borges acredita que “com o consumo eficiente, nós não teremos racionamento”, onde não cita o possível corte de energia e nem sobre as medidas emergenciais anunciadas pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) na quinta-feira (22), que estimava a redução de 30% do insumo. O Ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirma que se as reservas passarem abaixo dos 10% de água, será necessário então o racionamento da distribuição.

Não serão multados os cidadãos que não reduzirem os gastos. “Não temos nenhum objetivo de penalização do consumidor. A gente tem certeza de que vai dar certo para que o consumo eficiente de energia evite o racionamento”, disse. As alterações causadas pelo horário de verão também será pautado em reunião do presidente da empresa com o Ministro de Minas e Energia. Para defender o uso abundante da eletricidade atualmente, Borges afirma que os brasileiros não estão acostumados a economizar água e luz de forma eficiente e racional como as outras nações pelo mundo. Portanto, a Cemig se adiantou e dispõe de um programa com uso eficiente destes recursos. “Será um esforço comum para uso eficiente e redução do consumo per capita de energia”, afirma.

Entretanto, o nível dos reservatórios das hidrelétricas da companhia estava ontem, na média, entre 17% e 18% da sua capacidade, de acordo com Mauro Borges. Em casos mais graves estão a usina de Três Marias beirando os 10% de reserva, Queimados com 6,7% e  Nova Ponte com 10,6%.A empresa mineira recorreu à Justiça para não entregar à União as usinas hidrelétricas de Jaguara e de São Simão. A concessão da hidrelétrica de Miranda deverá expirar em 2017.

O novo presidente da Cemig, afirmou que “O primeiro caminho que nós temos de percorrer é do entendimento com o Judiciário e a União”, para manter as três usinas sobre sua proteção, sendo um bem para a Cemig. “Não há solução a não ser a negociada. Este é o caminho”, conclui Borges Lemos.