Está tudo acertado entre governo, Aneel e empreendedores que a melhor alternativa para o escoamento da energia da hidrelétrica de Teles Pires será mesmo a construção de uma linha emergencial e provisória. O sistema terá 25 quilômetros e parte do ponto original – linha de Cláudia – até a subestação de Sinop (MT), onde há conexão com o Sistema Interligado Nacional. “O traçado original está com atraso e não era justo deixar uma usina em condições de gerar parada por conta disso”, observou o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica, José Jurhosa Junior, em entrevista.
Desde que não surja nenhum obstáculo com o órgão ambiental ou ministério público, Jurhosa afirmou que a linha alternativa estará disponível em abril, possibilitando a operação comercial da primeira turbina da hidrelétrica, de 360 MW de potência. Parte dos custos da linha deverá ser reconhecido pela Aneel. A continuidade ou desativação do sistema alternativo, contudo, dependerá do interesse de outros órgãos, como a Empresa de Pesquisa Energética e o Operador Nacional do Sistema Elétrico.
A pauta foi discutida na última quinta-feira, 15 de janeiro, em reunião no Palácio Paiaguás, sede do governo de Mato Grosso, entre o vice-governador Carlos Fávaro, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Seneri Paludo, a secretária de Meio Ambiente, Ana Luisa Peterlini, a Aneel e a concessionária Matrinchã (Copel e State Grid). Com 1.005 Km de extensão, passando pelos municípios de Paranaíta e Ribeirãozinho, em Mato Grosso, o empreendimento deveria ter ficado pronto em janeiro. (Canal Energia)