Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico, as chuvas previstas para este mês não serão suficientes para elevar o nível dos reservatórios das hidrelétricas ao mesmo patamar de janeiro do ano passado. As regiões mais críticas são o Sudeste e o Centro-Oeste. As chuvas do mês passado interromperam a sequência de queda do nível dos reservatórios que vinha desde maio. Em Furnas, por exemplo, o lago subiu 79 centímetros. O sistema de reservatórios da Região Sudeste e Centro Oeste – o maior do país – fechou dezembro com 19% da capacidade.
Um pouco acima do mês anterior. Mas a forcinha de São Pedro precisaria ter sido maior. Nesses primeiros dias de 2015, a capacidade permanece em torno dos 19%. Ainda não é nem a metade da situação registrada no início do ano passado. Na mesma comparação, o Nordeste está longe de chegar ao que tinha. No Norte também está abaixo. A situação melhorou apenas no Sul. Pelas projeções de chuvas do Operador Nacional do Sistema Elétrico, até o fim do mês o nível no Sudeste e Centro-Oeste vai chegar a 22%. Mas segundo previsão do Inpe – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o volume de água que deve cair do céu em janeiro vai ficar abaixo da média histórica.
“A tendência é que chova menos nessas regiões. Principalmente na região Sudeste a tendência é que o mês feche com chuvas abaixo da média”, declarou Gustavo Escobar, meteorologista INPE. Se as chuvas não vierem realmente como o desejado, o Brasil ainda tem como usar as térmicas, mas estudiosos do setor dizem que além de poluentes, essas usinas podem não ser suficientes para dar conta do consumo. E como precaução, recomendam economia. O professor da UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro – especialista em energia, diz que passou da hora de criar um programa que estimule a redução do consumo com benefícios para quem paga a conta no fim do mês.
“As térmicas serão usadas até o seu limite. Sem chuvas não há alternativas senão economizar energia elétrica, porque o Brasil é um sistema hidrelétrico. Se não chove, a gente não tem condições de abastecer o mercado.Por mais que as térmicas operem plenamete”, apontou Adilson de Oliveira, especialista em energia – UFRJ. Em nota, o Ministério de Minas e Energia informou que programas de eficiência energética estão em andamento. E com previsão para reduzir o consumo de energia em 5%, este ano e em 10%, até 2030. (G1)