Em: 20/01/2015 às 15:49h por

O desligamento manual do sistema antes da entrada automática do Esquema Regional de Alívio de Carga evitou que o apagão registrado em dez estados e no Distrito Federal nesta segunda-feira, 19 de janeiro, atingisse maiores proporções, afirmou o diretor Reive Barros dos Santos, da Agência Nacional de Energia Eletrica. “Eles fizeram preventivamente, preocupados com o consumo na faixa de 85 mil MW, um  recorde de consumo, e isso poderia ensejar, na atuação do Erac, um colapso maior. Então, foi programada um redução na faixa de 5% para ter controle sobre o sistema”, explicou Santos, após o término da reunião da Aneel nesta terça-feira, 20.

O diretor disse que a agência não tem detalhes do incidente de ontem à tarde, porque ainda vai analisar o relatório de análise de perturbação do Operador Nacional do Sistema Elétrico. Ele explicou que quando há uma queda de frequência, o Erac atua e tira algumas cargas previamente estudadas, para evitar o colapso de usinas. Só que antes mesmo de o esquema ser acionado, o ONS agiu para equilibrar produção e consumo de energia, em uma situação em que a demanda atingiu o pico. A operação envolveu primeiramente o desligamento de 11 usinas, entre elas Angra 1, e, em seguida, o corte de carga de várias distribuidoras, por orientação do ONS.
 
“Uma coisa é você desligar com controle. Outra coisa é perder o controle e perder todas as usinas. Aí, o desastre seria maior”, acrescentou o diretor da Aneel. Reive Barros destacou que o país vive hoje uma situação em que há coincidência entre o baixo nivel dos reservatórios e o consumo elevado, em razão das altas temperaturas. “Esses dois fatores fazem com que a operação do sistema seja feita com mais cuidado. Então, o ONS está atento a essas variações no sentido de administrar não só automaticamente, mas manualmente, toda a  carga, para evitar que a gente tenha alguma dificuldade de operação”. (Canal Energia)