Em: 16/01/2015 às 15:45h por

A CPFL Brasil aposta na comercialização varejista para expandir sua atuação no mercado livre de energia elétrica. A companhia criou uma empresa específica para atuar nesse novo mercado visando dobrar as vendas de energia incentivada, cujo montante atual negociado é 300MW médios por ano. “A nossa expectativa é em cinco anos chegar a 700MW médios”, projetou o presidente da CPFL Brasil, Fábio Zanfelice, em entrevista.
 
O executivo garantiu que o cenário é realista, desde que algumas variáveis se concretizem. A normalização da hidrologia – e, consequentemente, redução do Preço de Liquidação das Diferenças -, a criação do consumidor livre varejista e a simplificação do sistema de medição e faturamento na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica são fatores que criam um cenário favorável para migração de novos agentes para o mercado. “Com essas condições, conseguimos atingir o nosso objetivo de dobrar nossas vendas”, disse o executivo.

Como a maior parte dos grandes consumidores de energia já migraram para o ambiente, o executivo explicou que o caminho para a expansão do mercado livre passa pelos chamados consumidores especiais, cuja carga demandada está entre 0,5MW e 1MW.  Esse grupo, porém, é formado por empresas de menor porte, que se deparam com diversos desafios para mudar para o mercado livre. Esses obstáculos inibem o consumidor, que acaba por permanecer no ambiente cativo. A principal vantagem do ambiente livre é o total gerenciamento e redução dos custos com energia elétrica. (Canal Energia)