A decisão do governo em autorizar um reajuste tarifário extraordinário para as distribuidoras foi visto como positivo para o setor no mercado de capitais. O principal fator é justamente existir a decisão por parte do governo em repassar o custo para as tarifas, levando à redução da incerteza e o chamado realismo tarifário, que passa ao consumidor o tão desejado sinal adequado de preços em meio à crise financeira e hídrica que o setor vive.
De acordo com o analista da Ativa Investimentos, Lucas Marins, a decisão é positiva para as distribuidoras. Ele cita o período de dois anos em que o PLD esteve elevado por conta da queda dos reservatórios e aumento da geração térmica. Nesse tempo as distribuidoras tiveram que conviver com o seu caixa pressionado e com a elevação de seu endividamento, até que o governo decidisse aportar os recursos ou costurar os empréstimos ao setor.
Mesmo com o alívio às concessionárias de distribuição, contudo, é visto com cautela pela XP, que em seu relatório matinal destacou as notícias de perspectiva de aumento da energia em até 40% neste ano. A corretora diz que continua com a não recomendação a exposição às ações do setor, principalmente geradoras e distribuidoras, em função de uma perspectiva de racionamento de energia. (Canal Energia)