Em: 24/11/2014 às 16:17h por Canal Energia

As bandeiras tarifárias estão previstas para entrar em vigor daqui a pouco mais de um mês, um ano após a meta inicial do governo quando criou esse dispositivo. Com a meta de mitigar a elevação do custo de energia para as distribuidoras toda vez que a geração térmica fosse acionada, este ano, em função da crise hidráulica que o país passa, teríamos a bandeira vermelha desde fevereiro, o nível mais caro. O impacto se esse dispositivo estivesse em vigor seria de mais de R$ 10 bilhões a ser divididos entre os consumidores. Seu adiamento representará um aumento de 7% na conta de 2015.

Como os dados de consumo ainda não foram fechados, consultorias, a pedido da Agência CanalEnergia, estimaram o montante que as distribuidoras teriam a receber este ano com base em projeções de demanda. Em ambos os casos os valores se aproximaram da cifra, que aliviaria a pressão sobre o caixa das distribuidoras em um momento de PLD e de exposição involuntária elevados. Mesmo com essa ajuda bilionária a ser repassada quase que imediatamente pelo consumidor, as distribuidoras ainda teriam que receber uma ajuda para cobrir a descontratação deste ano.

Segundo o consultor Eric Rego, da Excelência Energética, o valor definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica, de R$ 30 por MWh quando a soma entre o Custo Marginal de Operação acrescido do ESS_SE estivesse em R$ 350 por MWh ou acima disso, não seria suficiente para bancar a necessidade das concessionárias de distribuição. “O problema de falta de caixa das distribuidoras teria ocorrida do mesmo jeito ao longo deste ano. O adicional da bandeira vermelha não seria suficiente para bancar o alto despacho térmico mais a subcontratação involuntária. Mas, poderia ter sido R$ 10 bilhões a menos de empréstimo que agora o consumidor pagará com juros bancários”, disse ele.