A Eneva registrou um lucro de R$ 29,1 milhões no terceiro trimestre do ano, ante um prejuízo de R$ 178 milhões no mesmo período no ano passado.
De julho a setembro de 2014, a receita operacional líquida ficou em R$ 353,8 milhões, o que representa aumento de 11,5% em relação ao terceiro trimestre de 2013. Segundo a Eneva, o resultado reflete a nova fase da companhia, uma empresa plenamente operacional, com 2,4 GW de capacidade instalada.
O EBITDA ficou em R$ 116,8 milhões, ante R$ 11 milhões no mesmo período no ano passado. No acumulado do ano, o EBITDA alcançou mais de R$ 300 milhões.
Segundo a Eneva, elementos não-recorrentes influenciaram fortemente esses resultados. Primeiro, os acordos da companhia com o regulador para recalcular os valores pagos pela indisponibilidade de Itaqui e Pecém I e segundo, a decisão judicial que alterou a metodologia de cálculo de indisponibilidade de Parnaíba I, Parnaíba III e Pecém II. Além disso, com a venda de 50% de Pecém II para a E.ON e a conclusão do aumento de capital anunciado em maio de 2014, a Eneva recebeu aproximadamente R$ 460 milhões em dinheiro.
Os resultados da Eneva no trimestre refletem, ainda, a redução de despesas com pessoal na holding e subsidiárias, assim como a melhora da performance operacional de Itaqui, que alcançou 95% de disponibilidade no período, a melhor desde o início de sua operação comercial.
“A Eneva tem ativos sólidos e, nesse trimestre, merece destaque o avanço no âmbito regulatório e o acordo com a Aneel para a manutenção dos contratos de Parnaíba II. Isso permite ao management seguir com o plano de estabilização financeira”, avalia o CEO da Eneva, Fabio Bicudo. Ao longo dos últimos meses, a Eneva vem negociando, com os seus principais credores e outros stakeholders, alternativas para equilibrar sua estrutura de capital.
A companhia tem, atualmente, capacidade instalada bruta em operação de 2,4 GW e constrói 518 MW adicionais, estando assim entre as maiores empresas privadas de geração de energia elétrica no Brasil. A ENEVA possui ainda participação em blocos terrestres de gás natural na Bacia do Parnaíba.