Em: 27/10/2014 às 15:23h por Abrapch

Foto: Divulgação
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Pelo modelo de funcionamento do sistema energético do Brasil, é notório o potencial de crescimento que as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) têm e a necessidade disso acontecer para que haja uma otimização do suprimento da demanda existente. No entanto, esses empreendimentos de até 30 megawatts (MW) de potência não são uma fonte importante apenas em terras brasileiras. No Chile, país que tem uma matriz energética suja pelas térmicas, as PCHs também aparecem como uma solução de diversificação e geração de energia limpa.

A necessidade de se variar a forma de geração é verificada pelo fato de mais de 60% da matriz chilena ser formada por energia produzida por termelétricas fósseis (petróleo, carvão e gás natural) – enquanto isso, apenas pouco mais de 30% é proveniente de energia hidrelétrica. Como comparação, o Brasil tem 66,8% da matriz formada por energia hidrelétrica e 28,4% por termelétricas.

Por isso, existe a preocupação em utilizar mais as fontes de energia limpas, conhecidas como Energias Renováveis Não Convencionais (ERNC), como a eólica, solar e as próprias PCHs. De acordo com a Associação Chilena de Energias Renováveis (ACERA), o país tem cerca de 10.000 MW em potencial não aproveitado apenas em energia que poderia ser gerada com as pequenas usinas.

Com esse cenário, existe no Chile uma movimentação para propagar os benefícios e ajudar a desenvolver a cadeia produtiva das PCHs no país – assim como faz a Associação Brasileira de Fomento às Pequenas Centrais Hidroelétricas (ABRAPCH) aqui no Brasil. Esse trabalho é realizado pela Associação de Pequenas e Médias Centrais Hidroelétricas (APEMEC).

A APEMEC é uma associação criada em 2008 com o objetivo de concretizar projetos de geração hidrelétrica e otimizar centrais em operação, de tamanhos que variam entre 1 MW e 60 MW de potência instalada. Assim como a ABRAPCH, o órgão chileno tem o dever de estimular e apoiar o desenvolvimento de projetos de PCHs, assim como buscar a melhoria das leis e normas de forma que contribuam para o funcionamento das usinas.