As usinas eólicas em operação no país produziram 1.898 MW médios em energia elétrica em agosto, o que corresponde a um fator de capacidade médio de 50%. O dado está no Boletim das Usinas Eólicas, publicado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. O número representa a maior produtividade já registrada pelos parques desde o início do acompanhamento, em dezembro de 2012. Os números adquirem especial relevância quando comparados com o fator de capacidade médio verificado em 2013 nos países com maior capacidade eólica instalada, como a China, com 23,7%; Estados Unidos, com 32,1%; Alemanha, com 18,5% e Espanha, que tem fator de 26,9%.
O boletim também aponta que a capacidade instalada das eólicas teve alta de 75,8% ou 1.653 MW até agosto deste ano. O mês fechou com 3.834 MW em potência da fonte. O Nordeste lidera a expansão, registrando um crescimento da capacidade no período da ordem de 104% – saindo de 1.451 MW em dezembro de 2013 para 2.962 MW em agosto de 2014. Ao total, a região congrega 119 parques geradores, o representa 77,3% da capacidade total de usinas eólicas do país. No Sul, onde estão instaladas 34 usinas, também houve crescimento da capacidade,de 20,1%. As eólicas na região alcançaram 844 MW em operação, 22% do total instalado no país. Já o Sudeste/Centro-Oeste permaneceu com apenas um parque durante todo o período analisado, somando 28 MW, enquanto o Norte ainda não possui usinas eólicas.
Os estados do Rio Grande do Norte, com 1.158 MW, do Ceará, com 1.073 MW, Rio Grande do Sul, com 610 MW, Bahia, com 528 MW, e Santa Catarina, com 222 MW, são os que apresentam a maior capacidade instalada em operação comercial. Já em relação ao fator de capacidade médio, a liderança é da Bahia que tem 60%, seguida pelo Piauí, cujos parques tem 59% e Ceará, com 50%.
