A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica deve analisar na próxima terça-feira, 25 de setembro, o pedido das distribuidoras para uso de parte dos recursos da Conta ACR na cobertura das despesas resultantes do risco hidrológico das usinas incluídas no sistema de cotas. O custo da exposição involuntária à compra de energia no curto prazo para suprir o que não tem sido entregue por esses empreendimentos deve fechar o ano em R$ 1,8 bilhão, segundo estimativa da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica.
O presidente da Abradee, Nelson Leite, acredita que o novo empréstimo de R$ 6,6 bilhões, negociado com bancos públicos e privados para aliviar o caixa das distribudoras, será suficiente para bancar com folga os custos adicionais da descontratação das empresas e dos gastos com a geração termelétrica. Ele defende que um eventual saldo remanescente na conta possa ser usado para reduzir o impacto do risco hidrológico das concessões renovadas, que foi transferido para as distribuidoras para ser repassado ao consumidor cativo, via tarifa de energia.