Em: 10/06/2015 às 14:47h por

A valorização do dólar diante do real, que encareceu os insumos importados, e a alta dos preços da energia puxaram o aumento de 0,8% nos custos da indústria brasileira nos primeiros três meses deste ano em relação ao último trimestre de 2014, segundo informou nesta quarta-feira (10) a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

No mesmo período, os preços dos produtos industrializados no mercado interno subiram 1,5%, o que permitiu a recomposição das margens de lucro das empresas.

Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o indicador de custos industriais teve alta de 3%, enquanto que os preços dos manufaturados aumentaram 4%. 

O Indicador de Custos Industriais é formado pelo custo tributário, pelo custo de capital de giro e pelo custo de produção. No primeiro trimestre, o custo tributário caiu 3,3%, o de capital de giro subiu 6%, e o de produção aumentou 1,8% em relação ao período imediatamente anterior. O custo de produção é calculado a partir da evolução dos custos com energia, pessoal e bens intermediários.

O custo com energia aumentou 8,7% nos primeiros três meses deste ano frente ao último trimestre de 2014. Na comparação com o primeiro trimestre de 2015, houve alta de 28,4%.  “Esse aumento foi resultado de uma expansão de 36,1% no custo com energia elétrica e de 7,4% no custo com óleo combustível”, diz o estudo. 

“O aumento no custo com energia elétrica no último ano mais do que compensou a redução verificada entre 2012 e 2013”, observa a CNI.

Câmbio

O custo de produção ainda sofreu os efeitos da desvalorização do real, segundo a CNI. O custo dos bens intermediários aumentou 1,4% no primeiro trimestre de 2015 em relação ao período imediatamente anterior. Essa alta foi impulsionada pela elevação de 8,2% nos custos com produtos intermediários importados.

O câmbio também foi responsável pela elevação de 5,6% registrada no preço dos produtos industrializados importados. “Como os custos industriais cresceram 0,8%, os produtos manufaturados brasileiros se tornaram mais competitivos”, avalia o estudo.

(G1)