Em: 26/05/2015 às 16:03h por

Como construir uma agenda de reformas e mobilizar empresários, governos e sociedade civil? Essa pergunta foi feita nesta sexta-feira 22 a três executivos na 3ª edição do Fórum Brasil promovido porCartaCapital, cujo tema era “Crescer ou Crescer”.

 

Antônio Maciel Neto, presidente do Grupo Caoa, Wilson Ferreira Junior, presidente da CPFL Energia, e Paulo Remy Gillet Neto, CEO e acionista da WTorre, elegeram a necessidade de investir em infraestrutura e aumentar a produtividade como as principais respostas para a questão.

 

Wilson Ferreira Junior iniciou o debate lembrando que, embora o Brasil seja a 6.ª economia do mundo, ostenta a 57.ª posição em competitividade mundial. “Em rodovias estamos na 122.ª posição.” Para deixar essa marca, o presidente da CPFL sugere a retomada do investimento em infraestrutura. “Todos os setores tendem a melhorar. Sem isso, não conseguiremos mobilizar empresários.”

 

De acordo com o executivo, o Brasil investe 2,4% no PIB (Produto Interno Bruto) no setor. “Nenhum dos nossos competidores investe menos de 5%. Precisamos chegar a 500 bilhões de reais por ano.” A dificuldade, acredita, é que não falta ao Brasil apenas investimento. “Nós não temos projetos.” 

 

Gillet Neto, da WTorre 2,  sugeriu que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) mude de nome: “Programa de Gestão de Programas Políticos”. “O último programa de 20 anos foi feito por Fernando Henrique Cardoso”, afirmou o empresário. “Somos o único País do mundo que executa os projetos no limite. Vamos fazer Belo Monte e já devemos energia.”

Antônio Maciel Neto, do Grupo Caoa, falou em “aumento radical da produtividade.” Para o empresário, sem aumentá-la, não haverá retomada do crescimento. Neto sustenta que uma agenda capaz de mobilizar a sociedade “é uma meta de 15 anos” para a produtividade. Para isso, defendeu investimento em educação, pesquisa e bens de capital. “Se tivéssemos uma meta para unir o Brasil, seria muito importante.”