Estudo divulgado pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), da Eletrobras, rebateu a hipótese defendida por parte da comunidade científica de que hidrelétricas instaladas em países tropicais emitem mais gases de efeito estufa que usinas térmicas a carvão com mesma capacidade.
O monitoramento de emissões de gases de efeito estufa em reservatórios de hidrelétricas foi realizado entre fevereiro de 2011 e fevereiro de 2013 e chegou à conclusão de que, à exceção da hidrelétrica de Balbina, em Rondônia, as demais emitem as mesmas quantidades de gases que as usinas construídas no clima temperado. Além disso, o estudo revelou que o volume de emissões chega a ser centenas de vezes menor que em uma termelétrica a carvão.
De acordo com o monitoramento do Cepel, uma usina elétrica a carvão emite 930 gramas de dióxido de carbono por kWh produzido, valor que cai para 412 gramas nas térmicas a gás natural. O resultado registrado em oito hidrelétricas brasileiras, à exceção de Balbina, foi consideravelmente menor, com 0,5g/kWh na hidrelétrica de Segredo, 2,2g na UHE Funil e 3,3g na UHE de Itaipu. Na usina de Xingó, foi constatado que o reservatório absorve 0,5g de dióxido de carbono por kWh produzido.