Em: 30/04/2015 às 15:44h por

Se conseguirem negociar a energia, usinas podem receber mais de R$ 700 milhões em investimentos.

O leilão A-5 que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realiza nesta quinta-feira (30) terá a participação de cinco pequenas hidrelétricas projetadas para o Paraná. O certame – que tem predomínio de termelétricas a carvão e gás natural – vai negociar a energia que começa a ser gerada daqui a cinco anos.

As pequenas hidrelétricas poderão vender sua energia por até R$ 210 o megawatt-hora (MWh). O preço-teto, superior ao permitido em dois leilões realizados no ano passado, foi bem recebido pelas empresas interessadas em construir esse tipo de usina, que o consideram capaz de viabilizar boa parte dos projetos em estudo no país. A venda de energia em leilões da Aneel facilita a tomada de empréstimos no BNDES, que considera os contratos como garantia de pagamento do financiamento.

Os nomes dos projetos são mantidos em sigilo pela Aneel e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), responsável pela habilitação. Serão conhecidos apenas ao fim do leilão, se negociarem energia. Foi anunciada apenas a usina de Itaocara (RJ), com 150 MW, única hidrelétrica de médio porte que conseguiu se habilitar.

Três usinas médias do Paraná – Apertados (139 MW) e Ercilândia (87 MW), no Rio Piquiri, e Telêmaco Borba (109 MW), no Tibagi – estavam inscritas para o certame, mas foram excluídas porque não conseguiram licença ambiental prévia. O governo federal já quis licitá-las em leilões anteriores, mas desistiu pelo mesmo motivo.