Em: 29/04/2015 às 15:33h por

A indústria brasileira e o setor privado dos Estados Unidos querem intensificar, com o apoio dos governos dos dois países, o diálogo para a construção de uma agenda que fortaleça as relações bilaterais de comércio e investimento entre os dois países. O compromisso foi reforçado durante a Mesa Redonda Brasil-EUA sobre Comércio e Investimento, realizada nesta segunda-feira (27), na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. O evento faz parte da missão da Câmara de Comércio dos Estados Unidos, que trouxe ao Brasil representantes de 20 grandes empresas americanas de diversos setores.

O reaquecimento da relação bilateral é o principal objetivo do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (Cebeu), que defende que se inicie a discussão das bases de uma proposta de acordo de livre comércio entre os dois países. “O acordo não é para hoje, mas queremos que as negociações que permitam a assinatura de um acordo sejam iniciada”, disse o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi. Para ele, há uma série de preparativos que governos e indústria precisam tomar agora mirando no longo prazo.

TRÊS PONTOS – As prioridades da indústria brasileira e da seção americana do Cebeu para a agenda bilateral, além da negociação do acordo de livre comércio, são um acordo para evitar a bitributação, medida que visa a racionalização dos tributos sobre empresas com operações nos dois países; e a facilitação de trânsito de pessoas com a eliminação de vistos. A CNI também apoia a celebração de um acordo previdenciário, para permitir que trabalhadores aproveitem os períodos de trabalho ou contribuição para seguridade social em cada país.

A diretora-executiva da seção americana do Cebeu, Cássia Carvalho, relatou que o setor privado americano também estão coletando informações para avaliar que oportunidades um eventual acordo de livre comércio propiciará para as empresas do país. Ela acrescentou que a visita da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos, prevista para 30 de junho, pode representar uma chance de reativar discussões que podem facilitar o comércio entre os dois países. “É uma oportunidade de ratificar acordos já firmados, mas que estavam parados e são relevantes para estreitara relação bilateral”, disse.