Em: 29/04/2015 às 15:33h por

O Banco do Brasil (BB), a Caixa Econômica Federal e o BNDES vão elaborar estudos para modelos de financiamentos das obras de infraestrutura a serem concedidas pelo governo federal. Em busca de uma agenda positiva às vésperas de anunciar um corte de despesas para ajustar as contas públicas, a presidente Dilma Rousseff se reuniu, no fim de semana, com 13 ministros e o alto escalão dos bancos públicos para traçar planos na área de infraestrutura.

O Valor apurou que as instituições financeiras não participaram do encontro como investidores, e sim pela capacidade de criar a sustentação financeira das concessões.

Cada ministro tinha o dever de apresentar projetos e investimentos à presidente. O tempo, no entanto, não foi suficiente para que titulares de algumas pastas – Portos, Cidades e Comunicações – discutissem, da maneira ideal, as obras propostas.

Apesar da movimentação de carros de autoridades do governo durante todo o sábado no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente, três pessoas participaram de quase toda a reunião: a presidente da Caixa, Miriam Belchior; o presidente do Banco do Brasil, Alexandre Abreu; e o vice-presidente do BNDES, Wagner Bittencourt.

“As três instituições financeiras tem expertises diferentes, em diferentes áreas, o que pode ajudar em cada tipo de projeto a ser concedido”, explicou uma fonte do Palácio do Planalto. A ideia é tirar o peso, principalmente, do BNDES. Os três bancos foram os principais agentes financiadores de concessões já realizadas.

A grande reunião do fim de semana não foi conclusiva. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já disse que será lançado, em maio, um programa de concessões com o objetivo de ampliar investimentos em infraestrutura. Isso está mantido. Os encontros da presidente Dilma, agora, podem passar a ser mais setoriais, visto que os projetos apresentados estão em estágios distintos. À medida em que a parte técnica for concluída, os projetos para concessão serão anunciados.

Estudos para a concessão de quatro lotes de rodovias, por exemplo, estão bem adiantados. O mesmo vale para os aeroportos de Salvador, Florianópolis e Porto Alegre. A intenção de realizar o leilão já foi confirmada pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.