O Ministério de Minas e Energia deverá editar na próxima semana portaria autorizando a reabertura do prazo para cadastramento de novos projetos no leilão A-3, que acontecerá dia 27 de julho. O tempo desse recadastramento ainda está sendo estudado pelos técnicos do Ministério. A notícia é uma vitória do setor que, desde o anúncio do preço-teto de R$ 210,00 MW/h, para PCHs reacendeu o interesse dos investidores.
A novidade veio após uma semana do lançamento da Frente Parlamentar Mista em Apoio às PCHs e Microgeração, presidida pelo Pedro Uczai (PT/SC). No dia 16, a Associação, acompanhada pelo deputado Celso Maldaner (PMDB/SC) entregou este pleito ao Secretário Executivo do Ministério, Márcio Zimmermann. Na ocasiã,o o secretário comentou que tanto a reabertura do prazo no leilão A-3 quanto a realização de um novo leilão A-5 para o segundo semestre dependeriam da quantidade de energia que as distribuidoras irão adquirir nos leilões até julho. Caso as empresas suprissem suas necessidades com energia de fonte térmica fóssil (mais cara), não haveria necessidade de um novo leilão A-5 no segundo semestre.
Distribuidoras podem priorizar fontes de energia limpas em leilões
Diante da constatação do secretário Zimmermann, começou nesta semana uma ação junto às distribuidoras e a seus conselhos de distribuidoras no sentido de sensibilizá-las, na medida do possível, a priorizar fontes limpas (entre elas as PCHs) na aquisição nos próximos leilões de energia. O próximo acontecerá na semana que vem, dia 30.
No mês de março, havia a expectativa de maior participação de energia de hidrelétricas de baixo impacto ambiental (PCHs e CGHs), mas o preço-teto viável para os empreendimentos só foi divulgado 45 dias após o fim do prazo para o cadastramento de projetos. Assim que saiu o valor, a iniciou gestões junto ao MME e Aneel buscando a reabertura do prazo para cadastros de novos projetos para o A-3, já para este leilão de abril, isso não pode ser feito, conforme explicou o secretário. Os investidores aguardam ansiosamente a portaria com os prazos. (Canal Energia)