Em: 16/04/2015 às 15:57h por

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Para falar sobre sustentabilidade energética, o diretor do Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso (Sindenergia), Francisco Nelson Tinoco, palestrou no ‘Workshop Caminhos Sustentáveis para a Energia no Brasil e no Mundo’. O encontro, organizado pelo Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Planejamento Energético (Niepe), foi realizado nesta quarta-feira (15/04) na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

“O Sindicato tem sempre participado das ações do Niepe, porque congrega a sociedade civil organizada, universidades e setores públicos. Então, temos que ter essa união e o Sindicato não vai deixar de participar desses debates que só massificam o conhecimento”, disse Tinoco. Ele ministrou a palestra ‘Diretriz para uma matriz energética limpa no Brasil’, e destacou a importância da energia fotovoltaica. “O Brasil tem um enorme potencial em radiação solar, o mínimo que pode ser produzido aqui é o máximo que pode ser alcançado em vários países na Europa, como França e Alemanha”, exemplifica.

Segundo Tinoco, uma das grandes dificuldades encontradas atualmente para expandir a produção dessa energia é encontrar laboratórios certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) para certificar os painéis fotovoltaicos. “Por isso, para expandir, o setor espera isenção de imposto na aquisição de equipamentos, isenção de impostos na produção de energia e linhas de créditos compatíveis com o tempo de retorno financeiro”.

Para o coordenador do Niepe, Ivo Leandro Dorileo, as informações repassadas no Workshop devem ser amplamente discutidas, principalmente no atual contexto de escassez energética e hídrica. Ele compartilhou a preocupação com o atual modelo energético do país e apontou a necessidade de evitar a dependência de petróleo e do gás natural de país estrangeiro, para que o panorama do setor energético se torne mais promissor.

“Precisamos incentivar fontes renováveis etemos que fazer a indústria competitiva na área de energia solar, por exemplo. Necessitamos ter tarifas competitivas,hoje as tarifas são caríssimas mesmo com todo esse potencial hidrelétrico na nossa porta. Como podemos viver num modelo como esse? Então, é esse o paradigma que precisa ser vencido. É isso o que o governo tem que fazer – mudar o modelo atual”, disse.

O vice-reitor da UFMT, Antônio Carlos Trita, também participou do Workshop e destacou a importância do tema para o crescimento socioeconômico do Brasil. “Energia é fator fundamental para desenvolvimento das nações. O tema é de suma importância, ainda mais neste momento de crise. Temos que desenvolver um grande projeto junto com a iniciativa privada para que possamos trabalhar a questão da energia como fator estratégico de desenvolvimento”, finalizou.

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