Os reajustes anuais de tarifa previstos para agosto poderão ser maiores que o esperado, caso o governo não anuncie a tempo uma solução para a cobertura das despesas adicionais das distribuidoras com a compra de energia. “No mês que vem tem um conjunto grande de empresas que passa pelo processo tarifário. Aquilo que nao tiver uma solução de empréstimo ou qualquer outra fonte de recursos no processo tarifário será refletido”, alertou o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Eletrica, Romeu Rufino, após ser sabatinado na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado.
Até o momento, o governo ainda não decidiu que medidas pretende anunciar para aliviar o caixa das distribuidoras. A opção mais viável seria a autorização para a contratação de uma nova tranche do empréstimo no mercado financeiro, além dos R$ 11,2 bilhões já captados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.
o mês que vem, a Aneel terá que aprovar os reajustes anuais de 16 distribuidoras de energia. Fazem parte da lista Celg (GO), CEB (DF), Elektro (SP), Celpa (PA), Cemar (MA), Eletrobras Distribuição Piauí e Energisa Paraíba. Rufino lembrou que o papel da Aneel é de realismo tarifário e deixou claro que diferença entre o que é necessário para aliviar o caixa das empresas e a medida de alivio a ser anunciada irá para a tarifa.