Fonte: ANEELMais energia: duas hidrelétricas
em Minas Gerais saem do papel
As duas usinas vão acrescentar 510 MW à potência instalada
brasileira, energia suficiente para atender quase 5 milhões de habitantes
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) assinou, agora há pouco, Contrato de Concessão com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), detentoras do direito de construir as usinas hidrelétricas Aimorés e Funil, ambas localizadas em Minas Gerais. Essas usinas estavam paralisadas em 1995 e tiveram novo impulso com o advento da Lei 9.074 (7/7/1995), que previa a participação de investimentos privados (acima de 33%) na conclusão dessas obras.
A futura Usina Hidrelétrica Aimorés (UHE Aimorés), no rio Doce, terá potência instalada de 330 MW. O empreendimento está localizado no município de Aimorés (MG) e, segundo estimativas da ANEEL, serão necessários investimentos da ordem de R$ 325 milhões durante a construção da usina. Serão gerados 2.800 empregos diretos e 1.200 indiretos. Quando em operação comercial, a usina recolherá, anualmente, R$ 1,9 milhão a título de Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos, recursos que são, segundo a legislação, divididos entre os estados e municípios envolvidos. A energia gerada pela UHE Aimorés será suficiente para o abastecimento de energia para uma população de 3,2 milhões de habitantes. A primeira das três turbinas entrará em funcionamento até 30 de novembro de 2003.
A UHE Funil (180 MW) se localiza no rio Grande, entre os municípios mineiros de Perdões e Lavras. A primeira das três turbinas do empreendimento entrará em operação comercial até 1º de dezembro de 2002. Durante a execução da obra, serão investidos R$ 175 milhões pela Cemig/CVRD, gerando 1.500 empregos diretos e 1.000 indiretos. A usina pagará, como Compensação Financeira aos estados e municípios envolvidos, recursos anuais de R$ 1,027 milhão, que serão aplicados em novas escolas e mais saúde para os moradores da região. A energia gerada pela UHE Funil atende a um mercado de 1,7 milhão de habitantes. Nos dois casos, a CVRD tem participação de 51% e a Cemig, 49%.
Com a assinatura do Contrato de Concessão para a construção das usinas hidrelétricas Aimorés e Funil, sobe para 18 o número de usinas que, em 1995, estavam paralisadas e tiveram suas obras retomadas, como por exemplo as usinas hidrelétricas de Itá (1.450 MW ? RS/SC), Machadinho (1.140 MW – RS/SC), Serra da Mesa (1.293 MW ? GO) ou Salto Caxias (1.240 MW ? PR). Juntas, as 18 novas usinas irão gerar 9.358 MW.