Empresários e representantes do Sindicato da Construção, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás de Mato Grosso (Sindenergia-MT) se reuniram com o candidato ao governo do Estado, senador Pedro Taques, para apresentar as demandas do setor e conhecer as propostas do candidato para esta área. A reunião ocorreu nesta semana, na sede da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt).
Segundo dados do Sindenergia-MT, Mato Grosso possui um potencial hidrelétrico de quase 20 mil megawatts, mas somente cerca de 2 mil megawatts estão em operação. Os principais motivos alegados para este pouco aproveitamento são os entraves burocráticos relacionados à questão ambiental, dificuldades de investimento e a política de impostos sobre a energia. Entraves estes que foram apresentados ao senador Pedro Taques, que firmou o compromisso de ouvir o setor e criar um plano estratégico para garantir melhor aproveitamento do potencial hidrelétrico do Estado.
“Não há como planejar o desenvolvimento de Mato Grosso sem pensar em energia. Entendo a importância deste setor e da iniciativa privada, por isso o Estado não pode atrapalhar o crescimento econômico”, disse o candidato, que solicitou ao Sindenergia que eleja um nome para ajudá-lo na elaboração do planejamento estratégico para o segmento. Atualmente, no Estado estão em construção oito Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e duas Usinas Hidrelétricas (UHE).
Novos investimentos em energia também foram abordados na reunião. A região do Araguaia, por exemplo, segundo o diretor do Sindenergia e das Centrais Elétricas Mato-grossenses, José Adriano Mendes, precisa de investimentos básicos, como ‘Linhões’, por parte dos governantes. “Está havendo uma explosão de crescimento nesta região, sendo assim se faz necessário a elaboração de projetos para viabilizar redes básicas de energia”, afirmou. Já Eduardo Oliveira, diretor do Sindicato e da Amper Construções Elétricas, falou sobre a demora nas obras: “são mais de dez anos para concluir um projeto, do licenciamento ambiental até a conclusão do empreendimento. Isso é uma das mudanças que precisa ocorrer”. Em Mato Grosso há 60 PCHs distribuídas em 35 cidades.
Participaram da reunião o presidente da Fiemt, Jandir Milan, os candidatos a deputado estadual Carlos Avalone e a deputado federal Fábio Garcia, além dos diretores do Sindenergia, Fábio Castro (Brennand Energia), Nelson Tinoco (Max Energia), Roberto Rubieri (Maggi Energia), Catonho Garcia (Global Energia), Geison Felfilli (Edicon Engenharia), Romulo Botelho (Nhanbiquara Engenheria), Itamar Duarte (Idec Projetos Engenharia). A reunião contou também com a participação do professor Ivo Dorileo, do Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Planejamento Estratégico da Universidade Federal de Mato Grosso (Niepe/UFMT), e os consultores ambiental e tributário do Sindenergia, Alessandra Panizi e Victor Maizman (respectivamente).