Fonte: ANEELO ministro de Minas e Energia, José Jorge, e o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), José Mário Abdo, abriram hoje (6/11) o I Congresso de Inovação Tecnológica em Energia Elétrica (Citenel), onde serão apresentados, até amanhã (7/11), 60 projetos com novas tecnologias para o setor. ? É o fruto de um trabalho estrutural que acontece nesses dois anos?, disse Abdo, lembrando que somente em 2001 estão sendo investidos R$ 160 milhões em projetos de pesquisa e desenvolvimento que representam eficiência energética.
?O importante é que não é dinheiro do Governo e não depende do orçamento anual. Não tem a figura da dúvida se ele existirá de fato neste ou no ano que se segue. São recursos das concessionárias. É parte da receitas, da tarifas que elas têm atualizada a cada ano?, completou.
Segundo José Mário Abdo, outros países têm olhado com muito interesse a experiência brasileira de colocar nos contratos de concessão o compromisso para aplicação de 1% da receita das empresas de energia em pesquisa e desenvolvimento que levem à eficiência energética. No próximo ano, a perspectiva é de investimentos da ordem de R$ 400 milhões.
?É auspicioso pensar que essa inovação tecnológica traz benefício para a sociedade, para o País, para os consumidores e para os agentes. Porque, se um dos alicerces da mudança do setor elétrico é a competição, na outra ponta não poderia ser diferente, tem que ter o desenvolvimento, a modernidade e a inovação tecnológica?, afirmou o diretor-geral da ANEEL.
O avanço tecnológico do setor trará como conseqüência um serviço melhor, com menores custos, disse ainda José Mário Abdo, acrescentando que menores custos significam, com certeza, menores impactos tarifários. O que não deve ser entendido, segundo destacou, que a tarifa não aumentará.
?A atualização tarifária se fará necessária sempre, mas em patamares que sofrerão o impacto positivo que uma inovação tecnológica possa permitir, porque, onde houver a modernidade, o desenvolvimento, mais eficiência e maior eficácia menores serão os custos, que se refletirão em menores preços?, afirmou.
Outro aspecto importante da política de investimentos das concessionárias, segundo José Mário Abdo, é a democratização da aplicação desses recursos e a disseminação de oportunidades por todo o Brasil. ?É importante saber que lá no Pará, na Amazônia, no Rio Grande do Norte, assim como no Rio Grande do Sul, as universidades e os centros de pesquisa são agora o caminho natural para que as 65 distribuidoras e as geradoras possam contratar os seus serviços de pesquisa e desenvolvimento na própria região, internalizando o crescimento intelectual e profissional?, completou.