Fonte: ANEEL
A diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem (16/12) versão atualizada das Curvas de Aversão a Risco (CAR) dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte para o período 2009/2010. Resultantes de estudos elaborados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e das contribuições apresentadas no processo de consulta pública promovido pela Agência entre os dias 03 e 11 de dezembro, as novas curvas terão validade a partir de 1º de janeiro do próximo ano.
A Curva de Aversão a Risco é um mecanismo que estabelece o nível mínimo de armazenamento dos reservatórios das hidrelétricas necessário à produção de energia com segurança para o sistema interligado. Instituída pela Resolução nº 109, da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE), em janeiro de 2002, funciona como um sinalizador de eventuais riscos de desabastecimento de energia provocados por alterações no volume de armazenamento dos reservatórios das hidrelétricas.
A CAR para 2009 estabelece nível mínimo de armazenamento de 21% no início de janeiro para os reservatórios do subsistema Sudeste/ Centro-Oeste. No pico, estabelecido para abril e maio – final do período úmido -, a Curva atinge 59%. Em novembro, chega ao nível mais baixo de 29%. Para 2010 os índices vão variar entre 10%, nos meses de novembro e dezembro, e 47% em março e abril.
Para o subsistema Sul, a curva projetada para 2009 vai oscilar entre 13% e 22%. Já em 2010, o pico será de 20% e o ponto mais baixo de 13%.
Para o subsistema Nordeste, o armazenamento requerido irá variar de 11% a 51% em 2009 e de 48% a 10% em 2010.
No caso da região Norte, foi definido que não se utilizaria qualquer curva para o biênio 2009/2010, uma vez que seu benefício não está devidamente caracterizado. O ONS ficou responsável por apresentar, em prazo não superior a 90 dias, proposta para utilização no modelo de médio prazo de uma curva de operação da região norte, que represente adequadamente a política de máxima exploração do reservatório de Tucuruí e a capacidade de intercâmbio da região norte, com a conseqüente minimização dos custos de operação.
Em todos os casos, estabeleceram-se como premissas para a definição das curvas de aversão a carga e os limites de transmissão de energia entre as regiões; a disponibilidade de geração das usinas termelétricas a gás em razão da assinatura do Termo de Compromisso pela Petrobrás; a diversidade dos regimes de chuva e a ocorrência de condições hidrológicas críticas simultâneas nos diferentes subsistemas; o cronograma de obras de geração; o histórico de vazões naturais dos rios e o uso múltiplo dos recursos hídricos.
As notas técnicas relacionadas à audiência pública, assim como as 14 contribuições recebidas pela Aneel, estão disponíveis no link Audiências/Consultas/Fórum do endereço eletrônico www.aneel.gov.br.