Aneel aprova reajuste tarifário das distribuidoras Cemig (MG), Cemat (MT) e CPFL (SP)

Fonte: ANEEL

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou hoje o reajuste tarifário anual das empresas Companhia Energética de Minas Gerais S/A (Cemig), Centrais Elétricas Matogrossenses (Cemat) e Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL -SP). As novas tarifas entrarão em vigor amanhã (08/04), após serem publicadas no Diário Oficial da União (DOU).

Veja abaixo os percentuais aprovados para as empresas:

 

Empresa

Classe de Consumo – Consumidores cativos

Baixa tensão (abaixo de 2,3 kV)

Por ex: residências

Alta tensão
(de 2,3 a 230 kV)

Por ex: indústrias

Cemig (MG)

4,87%

A1 (230kV ou mais): 18,94%

A2(88 a 138kV): 15,07%

A3 (69 kV): 8,66%

A3a (30 a 44 kV): 10,06%

A4 (2,3 A 25 kV): 8,77%

Cemat (MT)

11,75%

 

A2(88 a 138kV): 18,17%

A3 (69 kV): 20,40%

A3a (30 a 44 kV): 17,86%

A4 (2,3 A 25 kV): 15,21%

CPFL (SP)

 

20,19%

 

A2(88 a 138kV): 24,80%

A3 (69 kV):19,34%

A3a (30 a 44 kV): 22,54%

A4 (2,3 A 25 kV): 23,62%

Ao calcular os índices de reajuste, a Agência considera a variação de custos que a empresa teve no decorrer do período de referência. A fórmula de cálculo inclui custos gerenciáveis, sobre os quais incide o IGP-M, e custos não-gerenciáveis como energia comprada de geradoras, encargos de transmissão e encargos setoriais, entre eles o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), Reserva Global de Reversão (RGR), Taxa de Fiscalização entre outros.

Os percentuais de reajuste das distribuidoras refletem, dentre outros fatores, a variação do IGP-M, índice previsto no contrato de concessão para mensurar a inflação no período, e o aumento da cotação do dólar, que influencia o custo do contrato de suprimento da energia de Itaipu. Outro fator que contribuiu para os valores aprovados foi o aumento da compra de energia proveniente de usinas termelétricas, mais caras, decorrente dos leilões de energia nova. Foi determinante também, para a definição dos índices de reajuste, o repasse às tarifas do aumento dos custos com o Encargo de Serviços do Sistema (ESS)*, que tem como atribuição garantir a segurança energética. O crescimento no valor desse encargo é resultante do despacho de usinas termelétricas em 2008 por determinação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).

O reajuste tarifário anual, previsto nos contratos de concessão das distribuidoras, tem por objetivo repassar os custos não-gerenciáveis e atualizar monetariamente os custos gerenciáveis.

Confira os dados de mercados das três concessionárias:

Empresa

Nº de unidades consumidoras

Área atendida

Cemig (MG)

 

6,690 milhões

774 municípios

 

Cemat (MT)

940 mil

141 municípios

 

CPFL (SP)

3,420 milhões

234 municípios