Terminou sem avanços a reunião realizada nesta quinta-feira (29/05) entre a diretoria da Eletrobras e os representantes dos trabalhadores, para discutir a proposta para o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referente a 2014.
Um novo encontro deverá ser realizado na segunda-feira (02/06). Se não houver acordo entre as partes, os trabalhadores poderão decretar greve por tempo indeterminado. Nesta semana, a categoria iniciou uma paralisação que duraria 72 horas, mas o movimento foi interrompido.
“Os trabalhadores voltaram ao trabalho porque confiávamos na interlocução e na resolução desse conflito envolvendo a PLR. Já realizamos oito encontros desde o início do movimento”, afirmou Fernando Pereira, secretário de Energia da Federação Nacional dos Urbanitários.
Em entrevista ao Jornal da Energia nesta quarta-feira (28), o presidente da FNU, Franklin Moreira, afirmou que a proposta da Eletrobras prevê o pagamento do valor referente a duas folhas salariais para trabalhadores das empresas que deram mais lucro e um montante inferior para as empresas que deram prejuízo, que vai variar de acordo com o cumprimento das metas operacionais.
Nesta lógica, trabalhadores das holding e da Eletronorte, que apresentaram forte desempenho, seriam os principais favorecidos. No outro extremos, estariam os funcionários das distribuidoras. “A tendência é que os geradores e transmissores recebam mais”, explicou.
O presidente da FNU afirmou que a briga será pelo pagamento igualitário, em valor próximo do que foi pago em 2013, que foi de 1,8 folha salarial por trabalhador. “O prejuízo da companhia referente a 2012 havia sido muito maior”, disse.
