Aneel aprova reajuste tarifário de três distribuidoras

Fonte: ANEEL

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou hoje (23/06), em reunião pública, o reajuste tarifário anual das distribuidoras Companhia Campolarguense de Energia (Cocel), Companhia Força e Luz do Oeste (CFLO) e Departamento Municipal de Eletricidade de Poços de Caldas (DMEPC). O efeito médio a ser percebido pelo consumidor cativo é de 12,17% para a Cocel, 4,85% para a CFLO e -3,62% (negativo) para a DMEPC. Confira abaixo os índices a serem observados pelos consumidores diferenciados por classe de consumo nas faturas de energia elétrica:

Empresa

Classe de Consumo

Data tarifa entrará em vigor

Área atendida

Baixa tensão

(abaixo de 2,3 kV)

Por ex: residências

Alta tensão

(de 2,3 a 230 kV)

Por ex: indústrias

COCEL (PR)

10,79%

A3a (34,5 kV): 14,38%

A4 (2,3 a 25kV): 13,68%

Média = 13,70%

24/06/2009

37.540 mil unidades consumidoras no município de Campo Largo, no Paraná.

CFLO

(PR)

6,82%

A3a (34,5 kV): 2,37%

A4 (2,3 a 25kV): 1,65%

Média = 1,82%

29/06/2009

47.914 unidades consumidoras no município de Guarapuava, no Paraná.

DMEPC (MG)

– 3,73%

(negativo)

– 3,52% (negativo)

28/06/2009

61.498 unidades consumidoras no município de Poços de Caldas, em Minas Gerais.

 

Os percentuais de reajuste das distribuidoras refletem, dentre outros fatores, a variação do IGP-M, índice previsto no contrato de concessão para mensurar a inflação no período. Outros fatores que contribuíram para os valores aprovados foram o aumento da compra de energia suprida pela Copel, que teve seus valores reajustados no último ano, o aumento da cotação do dólar, que influencia o custo do contrato de suprimento da energia de Itaipu.

Também merecem destaque o repasse às tarifas do aumento dos custos com o Encargo de Serviços do Sistema (ESS), que tem como atribuição garantir a segurança energética e a contribuição com o Proinfa, que promove o desenvolvimento energético a partir de fontes alternativas.

No caso do DMEPC, o índice foi negativo devido à diferença entre o resultado definitivo e o provisório na última revisão tarifária da distribuidora em 2008, compensado neste reajuste, além do custo menor com compra de energia por se tratar de uma empresa com geração própria.

O reajuste tarifário está previsto nos contratos de concessão das distribuidoras. É calculado com base na variação dos custos de operação da empresa e de itens como compra de energia, encargos de transporte de energia (transmissão e distribuição) e encargos do setor elétrico nos últimos 12 meses. Embute também a projeção de despesas com a energia necessária ao atendimento do mercado da distribuidora nos 12 meses subsequentes.