Fonte: ANEEL
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou hoje (04/08) o reajuste das tarifas das empresas Espírito Santo Centrais Elétricas (Escelsa), Centrais Elétricas do Pará S/A (Celpa), Celesc Distribuição S/A e Iguaçu Distribuidora de Energia Elétrica Ltda. (Ienergia), que atendem, respectivamente, os estados do Espírito Santo, Pará e Santa Catarina.
As novas tarifas das quatro distribuidoras passam a vigorar a partir desta sexta-feira (07/08). Os percentuais serão diferenciados por classe de consumo. Confira na tabela abaixo os efeitos médios a serem observados pelos diferentes consumidores nas faturas de energia elétrica:
Classe de consumo Empresa |
Baixa Tensão Por ex: residências |
Alta Tensão (de 2,3 a 230 kV) Por ex: indústrias |
Escelsa (ES) |
9,44% |
11,12% A2(88 a 138kV): 13,49% A3 (69 kV): 15,41% A3a (30 a 44 kV): 14,24% A4 (2,3 A 25 kV): 10,74% |
Celpa (PA) |
3,52% |
4,24% A2(88 a 138kV): 5,31% A3 (69 kV): 5,01% A3a (30 a 44 kV): 4,46% A4 (2,3 A 25 kV): 4,08% |
Celesc (SC) |
6,92% |
6,99% A2(88 a 138kV): 7,76% A3 (69 kV): 7,44% A3a (30 a 44 kV): 7,36% A4 (2,3 A 25 kV): 6,91% |
Iguaçu (SC) |
0,61% |
A4 (2,3 A 25 kV): 3,44%
|
Os percentuais de reajuste das distribuidoras refletem, dentre outros fatores, o aumento dos custos com a compra e transporte de energia; a variação do encargo relativo ao Proinfa, que promove o desenvolvimento energético a partir de fontes alternativas; e as previsões de subsídios concedidos pelas concessionárias, com destaque dos subsídios para o Baixa Renda e Cooperativas. O índice da Escelsa também foi impactado pelo aumento dos gastos com o Encargo de Serviços do Sistema (ESS), que tem como atribuição garantir a segurança energética. O crescimento no valor do ESS é resultante do despacho de usinas termelétricas em 2008 por determinação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Os ajustes financeiros decorrente das diferenças entre os resultados definitivos e os provisórios nas últimas revisões tarifárias das distribuidoras também foram compensados nestes reajustes.
Ao calcular os índices de reajuste, a Agência considera a variação de custos que a empresa teve no decorrer do período de referência. A fórmula de cálculo inclui custos gerenciáveis, sobre os quais incide o IGP-M, e custos não-gerenciáveis como energia comprada de geradoras, encargos de transmissão e encargos setoriais, entre eles o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), Reserva Global de Reversão (RGR), Taxa de Fiscalização entre outros.
O reajuste tarifário anual, previsto nos contratos de concessão das distribuidoras, tem por objetivo repassar os custos não-gerenciáveis e atualizar monetariamente os custos gerenciáveis.
Confira os dados de mercado das empresas:
Empresa |
Nº de unidades consumidoras |
Área atendida |
Escelsa (ES) |
1.163.641 |
67 municípios no Espírito Santo |
Celpa (PA) |
1.585.740 |
143 municípios no Pará |
Celesc (SC) |
2.235.140 |
260 municípios em Santa Catarina e um no Paraná (Rio Negro) |
Iguaçu (SC) |
28.157 |
Municípios de Xanxerê, Xaxim, Marema, Entre Rios, Bom Jesus e Lageado Grande, todos em Santa Catarina |