O calor intenso que fez no Estado de janeiro a março, a temporada de férias e os preços acessíveis de aparelhos de ar condicionado causaram uma explosão de consumo de energia na classe residencial catarinense no período de janeiro a março deste ano, frente aos mesmos meses de 2013. O acréscimo atingiu 18,3% informou a Celesc ontem à noite em seu balanço. No total, o consumo residencial alcançou 1.570 Gwh. Isso apesar de o maior fabricante de aparelhos de ar condicionado do país ter informado que os novos produtos consomem cerca de 50% menos energia. Deve ser por isso, também, que a maioria das famílias optou pelo ar refrigerado.
Considerando todas as classes consumidoras da Celesc – indústria, comércio, setor público e residências – o aumento de consumo no trimestre ficou em 11,3%.
Lucro ajustado da Celesc fica em R$ 5,7 milhões
A Celesc fechou o primeiro trimestre com receita líquida consolidada (sem os efeitos da Receita de Construção) de R$ 1,2 bilhão, 1,6% maior do que a dos mesmos meses do ano passado apesar da redução do preço da energia.
O lucro líquido ajustado no trimestre ficou em R$ 5,7 milhões, revertendo o prejuízo ajustado de R$ 38,1 milhões do primeiro trimestre do ano passado. Mas em função dos problemas de caixa devido ao alto preço da energia térmica, a empresa fechou com prejuízo de R$ 72,815 milhões no período, numa situação melhor do que a que enfrentava nos mesmos meses de 2013, quando fechou com prejuízo de R$ 180,727 milhões.
Entre os bons números da companhia estão a redução de 21,8% nos gastos gerenciáveis nas despesas com pessoal e aumento de 174% da receita líquida da Celesc Geração, com lucro de R$ 32 milhões devido ao aumento do preço da energia no mercado livre.