Em: 15/05/2014 às 13:36h por Jornal da Energia

A Taesa declarou que os valores encontrados no mercado não condizem com os apontados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para os leilões de transmissão de energia elétrica. Com isso, apesar de participar de certames integralmente ou em consórcios, a empresa não tem encontrado soluções que viabilizem a conquista dos empreendimentos.

Em teleconferência com acionistas e analistas do mercado nesta quarta-feira (14/05), o presidente da transmissora, José Aloise Ragone Filho, explicou que os valores praticados por fornecedores, executores de projetos e em questões de cunho ambiental e fundiário, acima dos previstos nos editais dos leilões, faz com a empresa atue de forma prudente e responsável, precificando esses fatores em sua modelagem.

“Tivemos uma participação bastante destacada e competente no leilão de Belo Monte. Produzimos uma solução técnica e financeiramente, estávamos preparados junto com nosso parceiro, a Alupar para aquele investimento, mas, infelizmente, praticar o deságio como o consórcio vencedor praticou não faz sentido para nós. Destacando que nosso viés é de crescimento e baseado em retorno”, contou Ragone.

O leilão em questão, realizado em 7 de novembro de 2013, teve como vencedor o consórcio IE Belo Monte, formado por Furnas (24,5%), State Grid Brazil (51%) e Eletronorte (24.5%), com um lance de R$434,6 milhões, representando um deságio de 38%. O consórcio BMTE, formado pela Taesa (50%) e Alupar (50%), ofereceu lance de R$666,4 milhões, com deságio de 4,93%.

O presidente da transmissora também ressaltou que o último certame, realizado em 9 de maio deste ano, contou com cinco lotes vazios de 13 levados à licitação. Do total, a empresa estudou seis lotes – sendo dois em parceria com a Alupar (H e L), dois com a Eletronorte (E e J), e dois sozinha (D e M).

“A nossa estratégia é buscar as oportunidades no mercado secundário, green field, ou em leilão, mas que essencialmente venham a trazer retorno para a empresa. Participamos de todos os leilões e vamos analisar todos os certames futuros”, completou o presidente da Taesa.