Em: 13/05/2014 às 13:18h por Jornal da Energia

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, trouxe todo o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) para tranquilizar os empresários paulistas com relação ao panorama do setor elétrico. Em evento realizado Na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), nesta segunda-feira (12/05), Lobão afirmou que o setor elétrico “já enfrentou sua prova de fogo” e que as “desgraças previstas [por especialistas] não aconteceram e nem acontecerão”.

No séquito de Lobão estavam o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Marcio Zimmermann, o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Hermes Chipp, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, o presidente do Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Luiz Eduardo Barata, entre outros.

Em seu discurso, o ministro afirmou que respeita os especialistas do setor elétrico que propuseram racionalização de consumo e até o racionamento, mas garantiu que as previsões do governo estão bem embasadas. “Do lado do governo temos técnicos de igual respeitabilidade e eles entendem o contrário”, disse.

A todo momento, Lobão procurava frisar sobre os “maciços” investimentos realizados no governo Dilma e que a situação de 2001, quando foi decretado o racionamento de energia elétrica, não se repetirá. “Nenhum cidadão foi constrangido a apagar uma lâmpada sequer”, disse o ministro.

Ao final, aproveitou para dar uma cutucada no governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) – assim como Lobão, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, também é do PMDB. Ele é pré-candidato ao governo paulista -. “A situação do setor elétrico é diferente do Sistema Cantareira [responsável pelo abastecimento de água na Capital, cujos níveis dos reservatórios vêm registrando níveis críticos em 2014 e estão atualmente abaixo dos 10%]. No meu entender, o problema do Cantareira decorre da falta de investimento”, disse.