Fonte: ANEEL
Nesta semana, o CLIC Energia apresenta o segundo dos 30 projetos selecionados para a Revista de P&D 4ª Edição, lançada, no dia 17/08, durante o VI Congresso de Inovação Tecnológica em Energia Elétrica (CITENEL) e II Seminário de Eficiência Energética no Setor Elétrico (SEENEL), realizados em Fortaleza (CE). O artigo trata da utilização de sensores fotográficos acoplados em veículos não tripulados para ajudar no monitoramento ambiental das áreas que margeiam reservatórios de usinas hidrelétricas. A íntegra de todos artigos poderá ser consultada aqui (Revista de P&D 4ª Edição). A publicação no sítio acompanha a ordem de inserção na revista. O objetivo é apresentar à sociedade os resultados alcançados com os projetos de P&D. Leia o primeiro artigo apresentado. (GL/FA)
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Sensor fotográfico acoplado em veículo não tripulado ajuda monitoramento ambiental
A ocupação às margens de reservatórios e as modificações na cobertura vegetal e na forma de uso do terreno afetam a qualidade das águas. Para monitorar essas mudanças, pesquisadores da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), Universidade de São Paulo (USP), FITEC Inovações Tecnológicas e Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE) desenvolveram método para utilização de sensor fotográfico acoplado a um Veículo Aéreo Não-Tripulado (VANT). O objetivo do projeto foi confrontar imagens obtidas por satélites com as fotografias tiradas a partir da câmera embarcada no VANT. O veículo sobrevoou a represa de Jaguari, na região dos municípios paulistas de Jacareí e São José dos Campos. Por meio de coordenadas GPS, o VANT fez um sobrevoo seguindo quatro linhas paralelas na região de interesse e obteve 52 fotos de uma altura de 992 metros. Depois, as fotos podem passar por um processo de pós-processamento, no qual softwares geram polígonos apenas nas regiões onde houve alteração na ocupação do solo. Dessa forma, se a cobertura vegetal foi removida – o que indica preparação do solo para futura edificação –, o gestor do reservatório pode intervir a tempo e solicitar a interrupção da obra. Os resultados da pesquisa demonstraram que as fotos obtidas pelo VANT eram de melhor definição que as do satélite. Além disso, seu uso independe da cobertura de nuvens, pois o VANT voa abaixo delas, e a operação pode ser repetida várias vezes. As fotos de satélite, por sua vez, são afetadas pela nebulosidade e, além disso, o equipamento segue uma trajetória orbital determinada, o que impede a repetição da operação seguidas vezes. A CESP pretende programar treinamento de pessoal para utilizar a tecnologia VANT de forma corriqueira.
Ficha técnica Execução: Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia, Departamento de Engenharia de Transportes (PTR) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo EPUSP) e FITEC Inovações Tecnológicas |
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