Fonte: ANEEL
Uma das inovações da metodologia do 3º Ciclo de Revisões Tarifárias Periódicas, aprovada nesta terça-feira (08/11) pela diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é a substituição do modelo de empresa de referência, utilizado nos ciclos anteriores para definir os valores dos custos de operação das distribuidoras.
A diretoria decidiu adotar parâmetros de custos operacionais eficientes, baseados na média de desempenho das empresas no último ciclo, atualizados pela inflação, pelo aumento de unidades consumidoras, do consumo em megawatt/hora e da rede de distribuição.
Os custos operacionais abrangem despesas como vistoria de unidades consumidoras, salário de funcionários, custos com leitura e entrega de faturas, dentre outros. No 3º Ciclo, em vez de estimar o valor de cada um desses itens, a ANEEL vai adotar custos operacionais associados a um nível de eficiência média.
A partir da comparação do desempenho das empresas, a ANEEL chegou à média de ganhos de produtividade de 0,782%, valor usado como referência para a definição dos custos operacionais de cada distribuidora. O ranking de eficiência das empresas está publicado nos Procedimentos de Revisão Tarifária (PRORET), disponível no sítio da ANEEL (www.aneel.gov.br) ou aqui.
As empresas menos eficientes terão um nível de custos operacionais menores reconhecidos na tarifa, ou seja, independentemente de seus custos reais, a Agência aceitará percentuais menores a cada reajuste.
O diretor relator do processo, Romeu Rufino, afirmou que o objetivo da Agência é incentivar as empresas a adotar práticas de gestão mais saudáveis, com foco na eficiência, o que contribuirá para reduzir as tarifas aos consumidores.
Os custos operacionais compõem o submódulo 2.2 do PRORET. O submódulo 2.1, sobre Procedimentos Operacionais, o primeiro item a ser votado, também foi aprovado pela diretoria. (FA/GL)