Fonte: ANEEL
O CLIC Energia publica o vigésimo terceiro dos 30 projetos selecionados para a Revista de P&D 4ª Edição, lançada, no dia 17/08/2011, durante o VI Congresso de Inovação Tecnológica em Energia Elétrica (CITENEL) e o II Seminário de Eficiência Energética no Setor Elétrico (SEENEL), realizados em Fortaleza (CE). O objetivo é apresentar à sociedade os resultados alcançados com os projetos de P&D. A publicação no sítio acompanha a ordem de inserção na revista.
O vigésimo terceiro artigo, da AES Eletropaulo, demonstra como a distribuidora tem trabalhado para descartar ou reaproveitar, de modo inteligente, os resíduos produzidos por sua atividade. De acordo com o estudo, produzido com pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e da Universidade de Sorocaba, a AES Eletropaulo gerou quase quatro mil toneladas de resíduos não perigosos, subdivididos em 30 grupos. A venda desse material como sucata rendeu à concessionária R$ 6,9 milhões. Uma divisão por materiais, após desmontagem e separação dos diferentes tipos, subiria o valor em R$ 600 mil.
Aliando economia e pensamento ecológico, o estudo mostrou que o reaproveitamento de materiais pode se refletir em ganhos para a empresa. Entre os resíduos da AES Eletropaulo em 2009, estavam cerca de 214 toneladas de porcelana. Moídas, elas poderiam substituir as 210 toneladas de brita compradas anualmente pela concessionária para uso em subestações. Cerca de 160 toneladas de porcelanas intactas poderiam ser utilizadas na confecção de gabiões (cilindros ocos de fitas de ferro, cheios de pedras, para servir em barragens e diques) para contenção de encostas. Foi comprovado ainda que peças de aço galvanizado poderiam ser decapadas (processo que retira a camada de verniz ou tinta), novamente galvanizadas e reutilizadas. Devido à grande variedade de materiais descartados pela distribuidora, a pesquisa concluiu que é necessário continuar a investigação, de forma a encontrar novas formas de aproveitamento e quantificar os benefícios financeiros.
A íntegra de todos os artigos poderá ser consultada aqui (Revista de P&D 4ª Edição). (BT/PG)
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Técnicas de separação de resíduos de distribuidoras expandem receita e ganhos ambientais Pesquisadores da AES Eletropaulo fizeram estudo para identificar e quantificar resíduos produzidos pela concessio¬nária e apresentar oportunidades para aumentar receita com a sucata e diminuir a quantidade do material descartado. De acordo com o estudo, em 2009 a AES Eletropaulo gerou quase quatro mil toneladas de resíduos não perigosos, subdivididos em 30 tipos. A venda desse material como sucata rendeu à distribuidora R$ 6,9 milhões. As pesquisas indicaram que, apenas a divisão dos materiais, após desmontagem e separação, subiria o valor da venda em R$ 600 mil. Esse procedimento geraria cerca de 214 toneladas de porcelana que, moídas, poderiam substituir as 210 toneladas de brita compradas anualmente pela concessionária para utilização no piso das subestações. Estudo de Avaliação do Ciclo de Vida indicou que essa proposta é 8,5% menos impactante, em termos ambientais, que a utilização de brita natural. Outra proposta foi a utilização da porcelana britada na formulação de concreto. Cerca de 160 toneladas de porcelanas intactas poderiam ser utilizadas na confecção de gabiões (cilindro oco de fitas de ferro, cheio de pedras, para servir em barragens e diques) para contenção de encostas. Peças de ferro galvanizado poderiam ser decapadas (processo que tira verniz ou tinta) e novamente galvanizadas para seu reaproveitamento. Dada a variedade e a com¬plexidade dos resíduos de empresas desse tipo e a falta de pesquisas sobre o assunto, os autores avaliam que outros estudos devem ser realizados, com vistas a propor novas alternativas e quantificar seu benefício. Ficha técnica |
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