Em: 11/04/2014 às 13:23h por Jornal da Energia

A CPFL Energia está promovendo a migração de toda a sua rede de distribuição para transformadores verdes que utilizam óleo vegetal. Essa iniciativa a torna a primeira empresa de energia no Brasil a iniciar a troca de todo o parque instalado de transformadores por equipamentos desenvolvidos com tecnologia sustentável. O trabalho é resultado de um estruturado programa de pesquisa e desenvolvimento que durou mais de uma década e culminou com a parceria com a Cargill.

Com mais de 5 mil transformadores verdes em operação, a migração de todo o parque da CPFL Energia envolve a compra de 11 mil transformadores verdes em 2014, que utilizam o óleo vegetal FR3™ da Cargill, e a conversão dos equipamentos antigos ao longo dos próximos anos, um investimento inicial da ordem de R$ 55,8 milhões.

“Nosso interesse no óleo vegetal surgiu a partir de uma insatisfação com os óleos minerais e os riscos associados ao seu manuseio, como problemas de vazamentos, e o descarte seguro de transformadores ao final de sua vida útil”, disse Caius Vinícius Sampaio Malagoli, gerente de Manutenção e Padrões de Engenharia, da CPFL Energia.

Além de serem menos nocivos para o meio ambiente, os transformadores com óleo vegetal são também seguros contra incêndio. O FR3™ da Cargill possui ponto de combustão duas vezes mais alto que o do óleo mineral e é auto extinguível, reduzindo assim o risco de incêndios. “Transformadores que utilizam óleo vegetal também têm maior capacidade de absorver problemas na rede como, por exemplo, sobrecargas”, afirma Malagoli. “Eles falham menos.”

O projeto do transformador verde começou a ser idealizado em 2002, quando a CPFL Energia iniciou um programa de pesquisa em tecnologia de transformadores verdes, viabilizado por uma iniciativa pioneira da Itaipu Transformadores, e logo passou a testar os novos equipamentos em campo.

Para atender a crescente demanda pelo óleo vegetal FR3™, a Cargill ampliou a capacidade de produção e armazenagem de sua unidade em Mairinque, no interior de São Paulo. “Nossa fábrica é base exportadora para América do Sul e estamos preparados para crescimento de 400% em volume comercializado do produto nos próximos dois anos, por meio de novos negócios no Brasil e na América do Sul”, ressalta Marcelo Neves Martins, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Cargill.