Em: 09/04/2014 às 04:32h por Diário de Cuiabá

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O consumo de energia elétrica, em Mato Grosso, está mais caro a partir de hoje, feriado de aniversário de Cuiabá, quando entra em vigor o reajuste anual autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ontem. O novo índice terá efeito médio de 11,89% aos consumidores, um dos maiores dos últimos anos. Em um exemplo do impacto no bolso, uma conta que custa R$ 100 todo mês, passará a R$ 111,89.

Conforme a Aneel, a Centrais Elétricas Mato-grossenses S/A (Cemat) possui mais de 1,2 milhão de unidades consumidoras nos 141 municípios do Estado. Apesar de um efeito médio de 11,89%, as altas foram diferentes para os grupos de alta e baixa tensão. Baixa tensão (abaixo de 2,3 kV), em maioria as residências foi de 11,16%. No grupo alta tensão, que demanda cargas entre 2,3 a 230 kV, por exemplo, as indústrias, a variação é de 13,42%.

A Aneel explica que para o reajuste da tarifa são considerados os custos relacionados à compra de energia elétrica para atendimento do mercado da distribuidora, ao valor da transmissão dessa energia e aos encargos setoriais. O cálculo se dá de acordo com fórmula prevista no contrato de concessão. “No caso da Cemat, o principal fator que influenciou o reajuste foi o aumento na quantidade de ‘energia nova’ contratada pela concessionária”, no exercício 2013. Quando encaminhou o pleito de aumento para avaliação da Aneel, no mês passado, a Cemat, havia pedido reajuste de 16,17%.

Os novos índices foram anunciados no final da tarde de ontem, após uma reunião extraordinária do colegiado da Agência que além da Cemat, ainda avaliou reajustes anuais de outras cinco distribuidoras. Na maioria as altas foram de dois dígitos. No caso da Ampla (RJ) – exceção no dia de ontem – as altas serão de 0,48% para os consumidores de baixa tensão e de 8,11% para os de alta tensão. Para a CPFL Paulista, 17,97% e 16,10%, respectivamente. Para a Cemig (MG), 15,78% e 12,41%, respectivamente. A Enersul, que atende Mato Grosso do Sul e assim como a Cemat faz parte do Grupo Rede, o ajuste anterior fica mantido, já que o processo de análise para reunião foi retirado da pauta por força de uma liminar da Justiça Federal de Campo Grande (MS).

CEMAT – Conforme a concessionária, que segue sob intervenção federal da própria Aneel, o aumento já estava previsto e não tem relação com a transferência do controle da Cemat para a Energisa, que deve ocorrer até o dia 15.