Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
A falta de uma solução para o problema relacionado ao risco hidrológico (medido pelo fator GSF, na sigla em inglês para a diferença entre a energia vendida pelas hidrelétricas e a realmente gerada) está incentivando uma nova onda de judicialização no mercado à vista de energia, desta vez com o objetivo de garantir o recebimento de alguma quantia por parte dos credores do mercado à vista de energia. A liquidação das operações de maio, que será concluída amanhã, deve ser novamente marcada por grande inadimplência. Os créditos arrecadados, por sua vez, devem ser destinados a poucos credores, todos protegidos por liminares. Aqueles sem liminares, que tiveram adimplência de 4% no mês passado, devem sair de mãos vazias na operação.
Nas liquidações concluídas referentes ao primeiro semestre (referentes ao período de novembro de 2017 a abril), os credores sem liminares não receberam mais do que 10% do que tinham direito. Isso motivou uma nova onda de busca por liminares pela prioridade nas operações da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Hoje maior credora sozinha do mercado à vista de energia, a comercializadora de energia do BTG Pactual conseguiu uma decisão judicial para passar na frente dos demais credores do mercado à vista de energia. O Valor apurou que a companhia tem R$ 1,2 bilhão a receber. Na liquidação de abril, realizada no início de junho, a CCEE contabilizou o recebimento de R$ 840 milhões em créditos, montante insuficiente sequer para quitar o devido ao banco.
Fonte: Valor Econômico
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