Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
Na semana derradeira para o Congresso Nacional aprovar o projeto de lei que libera a venda de seis distribuidoras de energia da Eletrobras que são deficitárias, o governo esbarra em dificuldades dentro da própria base aliada, além da obstrução dos deputados de oposição, e pode ver frustrado seu plano de sanear as empresas para privatizá-las.
O principal problema é igual ao enfrentado na tentativa de privatização da própria Eletrobras: os parlamentares não querem se desgastar, às vésperas da eleição, com as famílias dos 6 mil funcionários que temem perder seus empregos com a venda das empresas. Os seis Estados que terão distribuidoras privatizadas têm 51 deputados, 39 na base do governo.
O requerimento para levar o projeto direto para o plenário está na pauta da Câmara há três semanas, mas não foi votado. Aprová-lo pode ser até mais difícil do que votar a proposta, porque a urgência exige apoio de 257 deputados, maioria absoluta, enquanto o projeto é por maioria simples, de metade dos presentes (podem ser apenas 129 votos favoráveis).
O deputado Pauderney Avelino (DEM-AM) considera que a Amazonas Energia é a que está em pior situação e é provável que não apareçam compradores no leilão, o que significaria a liquidação da empresa, apesar da importância que tem para o Estado. "Prefiro dar seis meses de prazo para o governo avaliar uma outra ação que possa melhorar o perfil da empresa, para então ser vendida, do que votar agora e acabar na liquidação", disse.
Fonte: Valor Econômico
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