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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Competição deve marcar leilão de transmissão agendado para amanhã

Competição deve marcar leilão de transmissão agendado para amanhã

Em: 27/06/2018 às 08:55h por

O leilão de transmissão marcado para amanhã promete repetir o resultado do último certame do ano passado, marcado pela intensa disputa e que teve um deságio médio de 40,46% em relação à receita máxima anual (RAP) determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Serão ofertados 20 lotes de linhas de transmissão, que somam cerca de 2,6 mil quilômetros (km), e envolvem R$ 6 bilhões em investimentos, segundo as estimativas da agência reguladora.

As empresas privadas devem, mais uma vez, protagonizar o certame, que não deve ter a presença de empresas estatais, com exceção da Celesc, que vai disputar ao menos um lote em parceria com a EDP Energias do Brasil. A expectativa no mercado é que a disputa será intensa. As empresas chinesas, que não levaram nada nos últimos leilões, também são esperadas, assim como as indianas, que tiveram destaque nas disputas realizadas em 2017.

Segundo especialistas ouvidos pelo Valor, o ambiente político e econômico conturbado não devem reduzir o interesse dos investidores de longo prazo dos ativos. "Há muitos investidores internacionais que têm ganhado com a desvalorização do real, isso favorece um pouco a presença deles", disse Thais Prandini, diretoria da Thymos Energia.

"É bem provável [a forte competição] em particular com a participação de novos competidores e de empresas que não ganharam lotes nos dois últimos leilões", afirmou o coordenador do Gesel/UFRJ, professor Nivalde de Castro. Para o especialista, empresas indianas que figuraram nos últimos leilões devem ser fortes competidores no certame de amanhã.

O especialista chamou a atenção ainda para a possível participação de empresas que não são tradicionais investidores do setor de transmissão, mas que possuem ativos de energia elétrica com potencial de sinergia com os empreendimentos que serão leiloados. Este é o caso, por exemplo, de Engie, da Neoenergia, da Enel e da Energisa.

Fonte: Valor Econômico