Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
Enquanto associações do setor buscam sensibilizar parlamentares sobre o problema das despesas referentes ao risco hidrológico e autoridades tentam fechar um acordo para o tema, o GSF (sigla em inglês para a relação entre a energia que as hidrelétricas de fato geraram e o montante que elas haviam comercializado) deve continuar pressionando as tarifas de energia, com impacto direto na inflação, este ano e já sinaliza reflexos para 2019.
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ao qual o Valor teve acesso, entre 2013 e agosto do ano passado, o GSF custou R$ 16,7 bilhões aos consumidores do mercado cativo (das distribuidoras), cenário que se agravou desde então.
Segundo especialistas ouvidos pelo Valor, o GSF deve ganhar maior proporção no segundo semestre deste ano, ampliando o impacto para o mercado livre e o regulado (das distribuidoras). Se mantido o mecanismo atual, o GSF pode ser o principal responsável por uma pressão inflacionária pela energia elétrica em 2018 e 2019.
Neste ano, o problema deve novamente ter um custo bilionário ao setor. De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a previsão de GSF para 2018 é de 0,84 (quanto mais abaixo de 1, maior o déficit de geração hídrica). Com isso, considerando o caso em que todas as hidrelétricas estivessem com as garantias físicas 100% contratadas, a estimativa de impacto financeiro é de R$ 27 bilhões neste ano, sendo R$ 18 bilhões no mercado cativo e de R$ 9 bilhões no livre.
Fonte: Valor Econômico
Ao se associar, você passa a ter à sua disposição assessoria técnica e jurídica especializada.