Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Com custo reduzido, eólica avança na comercialização

Com custo reduzido, eólica avança na comercialização

Em: 24/05/2018 às 11:51h por

O aumento da demanda por energia renovável tem mobilizado comercializadores no mercado livre, fazendo o lado da oferta compor novos modelos de negócio e enxergar oportunidades na geração eólica, em consequência de um elemento-chave: a redução de custos, que a torna cada vez mais competitiva. "Além dos preços vantajosos, mudanças regulatórias, como o Projeto de Lei 1917/2015, deverão ampliar o acesso à essa fonte por consumidores de menor porte", prevê Leonardo Gomes, gerente comercial da Votorantim Energia, que planeja investir R$ 3 bilhões nos próximos anos neste novo mercado.

A expectativa da companhia é de quase duplicar os atuais 564 MW contratados de eólica, entre os quais 359 MW do empreendimento Ventos do Piauí III, consolidado neste ano. "A indústria pede soluções de preço e sustentabilidade ambiental", afirma o executivo. Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), reforça: "Trata-se de uma fonte que, além de limpa, já é a mais barata da matriz, tem alto potencial pela produtividade dos ventos no Brasil e se apresenta como estratégia diante dos recentes sinais de insatisfação com os resultados no mercado regulado".

O país tem hoje mais de 13 GW de capacidade instalada, com 520 parques eólicos em 12 Estados, o que corresponde 8,3% da matriz energética. Em 2017, a geração cresceu 26,2% em relação a 2016, suficiente para abastecer cerca de 67 milhões de habitantes, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Ao mesmo tempo, o preço da eólica atingiu R$ 98,62 por MWh no primeiro leilão de 2017 e atingiu R$ 67,60 por MWh no recente certame de 2018. A queda é tendência mundial por conta dos avanços tecnológicos e da maior escala de oferta embora no Brasil, segundo analistas, o atual comportamento dos preços também tenha relação com a conjuntura econômica e com o represamento de projetos eólicos devido à inexistência de leilões entre novembro de 2015 e dezembro de 2017.

Fonte: Valor Econômico