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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Proteção de represa previne perda futura na geração hidrelétrica

Proteção de represa previne perda futura na geração hidrelétrica

Em: 23/03/2018 às 09:44h por

O gerenciamento da água se apresenta à rotina das empresas como uma questão de sobrevivência. No setor de geração de energia não é diferente. Com o objetivo de proteger a represa e aumentar a vida útil das operações, previstas para durar por mais 160 anos, a Usina Hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), está investindo em um programa de reflorestamento considerado um dos maiores do mundo. Até agora, foram plantadas 24 milhões de árvores nativas da Mata Atlântica nas margens do lago e nas propriedades rurais da região, em uma área com mais de 100 mil hectares de restauração da paisagem.

"A visão estratégica tenta evitar perdas futuras na geração hidrelétrica, porque o reservatório é abastecido não apenas diretamente pela chuva, mas pela água drenada das microbacias locais", afirma o superintendente de meio ambiente, Ariel Scheffer da Silva. A medida tem ainda a função de compensar impactos causados por sedimentos vindos de longe, pelos rios. Parte tem origem no Mato Grosso do Sul, devido à erosão provocada pelo desmatamento nas grandes propriedades rurais. "Além da quantidade, o plano é assegurar a qualidade da água, com menor teor de poluentes e elementos indesejados que comprometem os múltiplos usos do lago e prejudicam as máquinas, elevando custos de manutenção", informa Silva.

Inspirado nas ações desenvolvidas no Canal do Panamá para controle da erosão, o projeto Cultivando Água Boa abrange 54 municípios paranaenses com iniciativas de educação ambiental, geração de renda e assistência técnica à agricultura familiar para o engajamento da população ao desafio. Além da instalação de 1,3 mil quilômetros de cercas para proteção de nascentes, foram criados corredores de biodiversidade interligando áreas protegidas, como o Parque Nacional do Iguaçu. Considerando o total de mudas plantadas também na borda da represa, a iniciativa proporcionou a captura de 733 mil toneladas de carbono por ano - resultados que levaram o programa a ser replicado em países como Guatemala, República Dominicana, Bolívia, Paraguai e Argentina.

Fonte: Valor Econômico