Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Indústria teme que tarifa afete produção

Indústria teme que tarifa afete produção

Em: 22/01/2018 às 09:31h por

Grandes consumidores de energia elétrica voltaram a reivindicar em janeiro um corte mais expressivo nas despesas repassadas todos os anos às contas de luz por meio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Em carta enviada no início do mês à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Abrace - entidade que reúne grandes grupos como Alcoa, Ambev, Braskem, CSN, Dow Chemical e Gerdau - alega que a alta nas tarifas provocada pelo inchaço no fundo setorial "pressiona os custos do setor produtivo".

O orçamento de 2018 da CDE, aprovado em dezembro, fechou com despesas de R$ 16 bilhões. Com receita limitada, o déficit ficou em R$ 13 bilhões, a ser cobrado dos consumidores. A Abrace defende que ainda há espaço para enxugar custos no setor. Questionada pelo Valor, a associação informou que existe um montante de quase R$ 5 bilhões em despesas que poderia ser reduzido se submetido a auditorias mais rigorosas. A carta protocolada na Aneel sugere a criação de um "plano de redução estrutural" das despesas da CDE.

O corte de gastos defendido pela Abrace envolve, por exemplo, o ajuste na contabilização do estoque de carvão mineral cuja compra destinada à geração de energia é incentivada pelo governo. Outro ponto de contestação é o reembolso de despesas de distribuidoras do Norte com o despacho de térmicas nos sistemas isolados. A associação argumenta que, além das empresas Amazonas Energia, Ceron e Eletroacre serem devedoras do fundo setorial, conforme indicou a fiscalização da própria agência reguladora, o volume de gás natural reconhecido como despesa não condiz com a energia entregue pelas térmicas da região.

Fonte: Valor Econômico