Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
O projeto do governo federal de concluir neste ano o processo de privatização da Eletrobrás sofreu ontem um revés, que pode comprometer o cronograma, após uma liminar suspender a Medida Provisória 814/2017 que permitia a venda da companhia e de suas subsidiárias à iniciativa privada. O governo afirmou que vai recorrer.
Publicada em dezembro do ano passado, a MP teve seus efeitos suspensos ontem pelo juiz Claudio Kitner, da 6.ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco. A Advocacia-Geral da União (AGU) vai entrar com recurso no Tribunal Regional Federal da 5.ª Região (TRF-5).
A decisão do magistrado partiu de uma ação popular elaborada pelo advogado e irmão do ex-governador Eduardo Campos, morto em 2014. Antônio Ricardo Accioly Campos alega que o governo não tinha motivos para aprovar a privatização por meio de MP. Para ele, a medida é inconstitucional e a privatização da companhia e de
suas controladas se trata de um desvio de finalidade.
Em nota, o Ministério de Minas e Energia (MME) informou que o juiz não consultou o órgão antes de tomar a decisão. O MME explicou que a privatização será discutida em um projeto de lei ainda a ser enviado e discutido no Congresso.
O governo do presidente Michel Temer já programou no Orçamento de 2018 uma arrecadação de R$ 12 bilhões relacionada à privatização da elétrica.
Fonte: O Estado de S. Paulo
Ao se associar, você passa a ter à sua disposição assessoria técnica e jurídica especializada.